Compositor: Lionel Florence
Na janela
Onde eu me vejo
É o mesmo dia que ontem, e sempre o mesmo lugar
Eu já sei o depois
Eu já o vivi cem vezes
De recados sobre os muros
Fazem sonhar de um outro lugar
Surgido de um magrito, com suas praias de cores
Tudo doce
Para eu fugir
Mas eu volto à terra
E eu não escuto mais a música
As velas partidas no mar
Se encalham sobre os muros de tijolos
Enegrece o céu
Sob os túneis
Como em um trem que me leva a lugar nenhum
Eu vejo de longe passar as plataformas das estações
Eu queria me parar, encontrar onde me repousar
Escolher eu mesma onde largar as amarras
Pois todos os trens nos levam a algum lugar
Para alguém ou para mudar de história
Mas não se resignar, jamais se acostumar
Eu quero viver tudo antes que seja muito tarde
Anônimo
De fato transparente
No bom interior dos outros, estando sempre ausente
Com o que isso ainda rima?
Para querer subir o declive
Para lutar e se impor
Jamais estar na linha de frente
Ou pior parar de sonhar
Do destino que se imagina
Sem esperança
Esperar um sinal
Como em um trem que me leva a lugar nenhum
Eu vejo de longe passar as plataformas das estações
Eu queria me parar, encontrar onde me repousar
Escolher eu mesma onde largar as amarras
Pois todos os trens nos levam a algum lugar
Para alguém ou para mudar de história
Mas não se resignar, jamais se acostumar
Eu quero viver tudo antes que seja muito tarde
Não há trem sem nova partida
Nem outras rotas a seguir, eu quero crer
Não há caminho que fazemos por acaso
Escolher eu mesma onde largar as amarras
Pois todos os trens nos levam a algum lugar
Para alguém ou para mudar de história
Mas não se resignar, jamais se acostumar
Eu quero viver tudo antes que seja muito tarde
Eu quero acreditar nisso
Não há caminho que fazemos por acaso
Mas não se resignar, jamais se acostumar
Eu quero viver tudo antes que seja muito tarde